Os Kĩsêdjê chegaram ao território do Xingu na segunda metade do século XIX e ali entraram em contato (muitas vezes não-pacífico) com os povos que já habitavam a região. Ao perceberem que o seu território de ocupação tradicional nas cabeceiras do Suyá-Missu estava sendo ameaçado pela expansão agropecuária, empreenderam um deslocamento de volta às suas antigas terras, parte da qual foi homologada como Terra Indígena Wawi. Hoje a maioria dos 330 Kĩsêdjê vivem na aldeia Ngôjhwêrê, com algumas famílias vivendo nas aldeias Ngôsôkô, Roptotxi e Horehusikrô.
A Associação Indígena Kĩsêdjê está gerenciando um projeto vinculado ao PDPI (Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas - Ministério do Meio Ambiente), que visa realizar uma festa que não é feita pelos Kĩsêdjê há mais de 10 anos - a Corrida de Toras. A primeira etapa do projeto será uma pesquisa sobre a festa e incluirá entrevistas, gravações e transcrições. Os responsáveis por essa pesquisa serão os alunos avançados da escola indígena. Tendo em vista essa primeira etapa, a equipe do projeto de documentação linguística do Museu do Índio está promovendo uma oficina de transcrição contínua na aldeia central Ngôjhwêrê.
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