Todos os materiais permanecerão em instituições brasileiras, sendo que cópias serão entregues, em formato adequado e acessível, às comunidades envolvidas. O Museu do Índio será o centro de coordenação e de apoio do Programa, além do local de depósito e arquivamento dos materiais documentais produzidos por cada subprojeto.
Arquivos digitais multimídia contendo ‘sessões’ gravadas, transcritas e traduzidas
Anuência informada documentada
Gramática descritiva básica
Base de dados lexicais (dicionário)
Levantamento e diagnóstico sociolinguísticos
Publicações (materiais didáticos, paradidáticos e de pesquisa)
Mini-sites
Leia: Projeto de Cooperação Técnica Internacional Documentação de Línguas e Culturas Indígenas Brasileiras
Acre, Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rondônia e Roraima, beneficiando cerca de 13 mil pessoas, direta ou indiretamente.
Acompanhe, nos links abaixo, as atividades e os produtos desenvolvidos pelos pesquisadores indígenas e não-indígenas de cada projeto.
A Fundação Nacional do Índio-FUNAI, a Fundação Banco do Brasil e UNESCO, por meio do Museu do Índio, órgão científico-cultural sediado no Rio de Janeiro, iniciaram um amplo projeto de documentação de línguas indígenas no Brasil, a ser desenvolvido em conjunto com diversas instituições e pesquisadores.
O Museu do Índio possui longa tradição na área de documentação, pesquisa e difusão do patrimônio cultural indígena, de natureza material e imaterial. Uma parte expressiva do acervo sob a guarda da instituição, formada por documentos textuais e audiovisuais que remontam ao final do século XIX, tem se revelado uma fonte imprescindível para a documentação da diversidade de culturas e línguas indígenas no país.
A documentação das línguas nativas ainda existentes no país - entre 150 e 180 línguas - é uma tarefa urgente. É esta, hoje, uma área de pesquisa e tecnológica em pleno crescimento, que mantém laços interdisciplinares (etnologia, arqueologia, história, etc.) e com o desenvolvimento de tecnologias de ponta. A documentação linguística, como é feita hoje, produz acervos digitais multimídia (gravações áudio e vídeo anotadas) que contêm materiais preciosos e preservados, accessíveis às comunidades indígenas e para as futuras gerações de brasileiros. Visando a preservar o patrimônio cultural linguístico dos povos indígenas e a promover o seu acesso, a FUNAI assinou acordos de cooperação internacional e com associações indígenas.
O Projeto ora proposto visa concretizar, além da preservação de materiais existentes em acervos particulares e em instituições públicas e privadas, a documentação de 20 línguas, escolhidas por critérios tais como o grau de ameaça a sua sobrevivência; condições de realização de um bom trabalho por equipes compostas por linguistas competentes e das quais deverão participar indígenas em formação como pesquisadores; atitude positiva das comunidades quanto a iniciativas de preservação ou resgate de suas línguas nativas. Os Projetos individuais ou sub-projetos apresentarão produtos definidos: um diagnóstico sócio-linguístico; um acervo digital com 'textos' a partir de gravações áudio e vídeo de aspectos culturalmente relevantes, com anotação que contenha, no mínimo, uma transcrição e uma tradução dos enunciados; um dicionário; uma gramática básica; subsídios didáticos, materiais de divulgação (vídeos, CDs, DVDs), publicações de natureza científica.
Todos os materiais permanecerão em instituições brasileiras, sendo que cópias deverão ser entregues, em formato adequado e acessível, às comunidades envolvidas. O Museu do Índio será o centro de coordenação e de apoio do Programa, além do local de depósito e arquivamento dos materiais documentais produzidos por cada sub-projeto.
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